terça-feira, 2 de novembro de 2010

Para Educador Buscar Método Atraente é Desafio

Professor de história, Marcelo Fronza, usa quadrinhos como fonte histórica em suas aulas.

O professor de história, Marcelo Fronza, afirma que um dos maiores desafios dos educadores em sala de aula é buscar uma metodologia de ensino que atraia o aluno para a aprendizagem, que se aproxime da sua linguagem, do seu universo e o cative para a absorção do conteúdo.
Segundo o professor o livro de sua autoria Ensinar e Aprender História: História em Quadrinhos e Canções, a publicação aborda o ensino de história a partir do conhecimento dos alunos a respeito de histórias em quadrinhos.
- O livro apresenta a história em quadrinhos como fonte para que o aluno construa o conhecimento histórico com a ajuda do professor. A metodologia passa a ser interessante porque não é o professor que detém o conhecimento, mas vai auxiliar o aluno a construir o seu próprio.
Para Fronza, esse método facilita a aprendizagem, a memorização e, por ser divertido, atrai o interesse do aluno pelo conteúdo. Mas é importante, na sua opinião, comparar a fonte histórica dos quadrinhos com outras fontes para a construção do conhecimento.

Ele cita como exemplo Asterix e Cleópatra, em que os personagens falam sobre construir pirâmides em uma época histórica que não coincide com a existência de Cleópatra.
- As pirâmides tinham sido construídas 2.000 anos antes e por isso é importante trazer outras fontes históricas para que o aluno perceba anacronismos.

O professor destaca que o aluno acaba tendo novas visões críticas sobre os próprios quadrinhos que, como narrativa, são uma das formas mais fortes de organizar o pensamento em geral.
- Daí a importância de separar o que é fonte histórica dos recursos utilizados para fazer humor.

Marcelo Fronza afirma que os quadrinhos como fonte histórica, e não só como recurso pedagógico, estão gerando novos resultados no ensino, que se refletem em melhores notas por conta da abordagem diferenciada.
- O aluno está indo além da memorização de datas e períodos, está aprendendo a fazer relações de contexto, tornando-se crítico, e isso vai auxiliá-lo não apenas em sala de aula, mas no mundo afora.


O livro de Fronza faz parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola, do MEC (Ministério da Educação).



Fonte:Página de Notícias do R7.com








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