sexta-feira, 23 de abril de 2010

JOGOS MATEMÁTICOS

Trabalhar com jogos em sala de aula, é um excelente recurso didático, pois quando bem planejados, podem se tornar uma ferramenta pedagógica eficaz na construção do conhecimento matemático.
Ensinar matemática, é desenvolver o raciocício lógico, estimular o pensamento individual, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.
O uso dos jogos tem como objetivo, despertar nos estudantes o interesse pela disciplina, para que os mesmos sintam-se motivados e aprendam de maneira divertida.
Existem importantes aspectos que justificam a incorporação dessas atividades na rotina da classe. São eles: caráter lúdico, a formação das relações sociais e o desenvolvimento das técnicas intelectuais do indivíduo.

Os jogos ainda, podem ser utilizados para a introdução de conteúdos e preparação para o aprofundamento de atividades já trabalhadas.


'' Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos estudantes que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. '' (Borin, 1996)

A SEGUIR: DICAS DE ALGUNS JOGOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM AS CRIANÇAS

1. POR UM TEMPO
Jogo que mistura um pouco de habilidade manual e poder de observação. Peças de desenhos parecidos devem ser encaixadas em um "tabuleiro" e a criança tem um tempo determinado. “Ao final desse tempo, ela deverá ter colocado o maior número possível de peças iguais”.

2. QUANTOS? QUANTAS?
Brinque com os alunos, perguntando: “Quantos narizes você tem?” (Coloque o dedo na ponta do nariz e peça aos alunos para imitarem.); “Quantas bocas?” (Coloque o dedo nos lábios e faça os alunos imitarem).
Prossiga assim perguntando e indicando com as mãos: “Quantas orelhas?”; “Quantos braços?”; “Quantas mãos?”; “Quantos dedos em cada mão?”.

3.FORMANDO GRUPOS
Uma atividade que pode ser utilizada como aquecimento é a brincadeira Formando grupos:

a) Converse com os alunos: “Vamos contar juntos até 3: um, dois, três”; “Agora, vamos contar até 3 levantando os dedos: um, dois, três”.

b) Prepare previamente a sala de aula com 3 bolas semelhantes, 3 lápis semelhantes, 3 flores num vaso, etc.

c) Explore, de forma semelhante, grupos de 4 e grupos de 5.

4.OS NÚMEROS MÁGICOS
Folha com várias retas numéricas e dois conjuntos de cartões numerados (deve-se usar no inicio apenas números de 1 a 5 – posteriormente, acrescente valores maiores).

Conte uma estória ou proponha: “Agora, brincaremos com objetos mágicos, dentre eles os números”. Peça a um aluno que sorteie um cartão numerado. Este primeiro número sorteado indica o número de saltos que a criança dará obedecendo ao número mágico.

Peça a outro aluno que sorteie um cartão numerado. Este segundo número sorteado indica o comprimento de cada pulo. Inicialmente, desenha uma “reta” graduada no chão (ou uma faixa de papel). Um terceiro aluno, brincando de ser possuidor de um número mágico, dará pulos sobre a “reta”, e a turma verificará o número no qual ele parou.

O animador pode dividir a turma em duas equipes e propor que disputem quem recebeu o número mágico e que levou mais longe.

5.DIREITA ESQUERDA
Procure explorar os conceitos de direita e esquerda com a brincadeira de pular corda com dois batedores. Os alunos podem fazer a mímica de bater corda em duplas:

a) Cada aluno da dupla pega a ponta da corda de mentirinha com a mão direita;

Atenção: os dois têm de fazer os movimentos para cima e para baixo ao mesmo tempo.

b) Depois, cada aluno da dupla pega a ponta da corda de mentirinha com a mão esquerda, não se esquecendo de fazer os movimentos para cima e para baixo ao mesmo tempo.

Converse com os alunos sobre os possíveis acidentes que podem ocorrer quando brincamos: “Quem já sofreu algum acidente (tombo, queda, etc) enquanto brincava? Como foi?”; “Que cuidado devemos tomar quando estamos brincando?”.

6. DESCUBRA O INTRUSO

Este jogo além de trabalhar os conceitos de pertence e não pertence, explora a memória, a reflexão, a lógica, a observação e o vocabulário.

Apresente um conjunto de 3 elementos (objetos ou figuras em cartões) entre os quais um é “intruso”. Inicialmente, apresente um conjunto de 3 elementos simples: figuras de laranja, banana e ovo.

Diga aos alunos que, como pequenos detetives, descubram qual o “intruso”. Peça que expliquem por que o elemento é intruso.

Continue a brincadeira com outros conjuntos de 3 figuras, enquanto a turma mostrar interesse. Quando os alunos se acostumarem com a brincadeira, aumente o número de elementos para 4, 5 ou 6.

7. FORMANDO TRIÂNGULOS
Este jogo leva os alunos a conhecer e fixar o conceito de triângulo.

a) Entregue para cada grupo de 3 ou 4 alunos uma folha com vários pontos distribuídos ao acaso, um pouco separados uns dos outros. Se preferir, peça que os próprios alunos salpiquem as folhas de pontos. Peça que cada aluno do grupo escolha uma cor diferente de lápis.

b) O jogo é assim: cada aluno, na sua vez, liga 3 pontos, de modo a formar um triângulo, e, depois, pinta-o com a cor escolhida. Para que os alunos entendam melhor o jogo, faça uma demonstração com alguns pontos feitos na lousa.

c) Ganha o jogo quem conseguir pintar mais triângulos com a sua cor. Não importa o tamanho dos triângulos desenhados, desde que os triângulos não se sobreponham.

Uma variação dessa brincadeira é “Formando quadriláteros”. As regras são as mesmas. A única diferença é que os alunos terão de ligar 4 pontos para formar uma figura de 4 lados.

feira de matematica

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PROJETOS: O QUE É E COMO COMEÇAR?



Nas atuais propostas pedagógicas de ensino, temos nos deparado com o trabalho em cima de Projetos, que são: Atividades criadas e planejadas com propósito bem determinado, com prazo para seu término e dá-se por finalizado quando alcançado seus objetivos.


Podemos ainda dizer, que são estratégias de ensino, sendo também considerados conteúdos de aprendizagem na educação.


A relevância de se trabalhar com "Projetos Didáticos" é que são propostas que partem de um desafio, de uma situação problema, no qual propicia o envolvimento em diversas áreas do conhecimento, tornando-se assim interdisciplinares.


VAMOS ENTENDER UM POUCO MAIS SOBRE PROJETOS?

Características - Objetivo definido em função de um problema, cuja solução é o critério para definir seu grau de sucesso.
  • Em geral, são realizados em função de uma necessidade específica, um problema.
  • São finitos: Tem começo e término programados. Solucionado o problema o projeto termina.
  • São irregulares, ou seja, foge da rotina.
A vantagem desse trabalho é que permite dar conta de alguns objetivos educacionais com maior profundidade, propiciando um maior desenvolvimento da autonomia intelectual, o aprender a aprender, o desenvolvimento da organização individual e coletiva, bem como a capacidade de tomar decisões e fazer escolhas com o propósito de realizar pequenos ou grandes projetos pessoais.
Para que o trabalho com projetos, dê bons resultados, o professor deve tomar alguns cuidados, além daqueles necessários a qualquer situação de ensino:
1- O projeto tem que estar bem definido, ou seja, alunos e professores devem ter uma idéia bem clara daquilo que se vai fazer, a meta: um objeto ( livro, maquete, desenho, cartaz, escultura ) ou uma ação (passeio, campanha, seminário, show musical).

2- É a idéia básica do projeto (a meta, o sonho) que determina e justifica as fases do projeto. Essas fases podem envolver estudo, pesquisa, construção, ensaio, e todas as ações que forem necessárias para a realização do projeto.

Nesse sentido, costuma-se dizer que, para ser um projeto, o desenvolvimento do trabalho na sala de aula deve ter a participação dos alunos, em algumas decisões, para que eles aprendam também a analisar situações, tomar decisões, e ter a experiência de por em prática o que foi planejado. Entendendo melhor: No desenvolvimento de um projeto, as decisões devem ser partilhadas entre professor e alunos. Mesmo as decisões que são tomadas previamente pelo professor devem ser explicadas e justificadas.

Vai aqui algumas dicas na elaboração de um simples projeto didático:

Incentivo: ( Sensibilização ) - Conversa com as crianças, leitura de um livro, visita a um local, uma vivência em sala de aula, uma dúvida levantada pela turma, um filme, ou até mesmo um questionamento surgido de um projeto anterior.

Oque já sabemos? Socialização dos conhecimentos prévios das crianças.

O que querenos saber e para quê? Nasce a formulação do objetivo.
O que iremos fazer? Elaboração do plano cooperativo.

Desenvolvimento: Realização das ações planejadas com os registros dos conhecimentos que vão sendo construídos pelas crianças durante todo o trabalho: relatos escritos, desenhos, fotos, vídeos, enfim, as produções das crianças;

Culminância - Apresentação do que foi produzido durante o projeto ( a socialização das conclusões )

Avaliação e auto-avaliação - Retomada do plano cooperativo para avaliar a trajetória de todos durante o processo, dificuldades e contribuições.


Notas:
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1
Adaptado do texto Gestão de Projetos, presente no livro Gestão da Escola, do Programa de Melhoria do Desempenho da Rede Municipal de ensino de São Paulo; iniciativa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em convênio com a Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo,1999.